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Identidade Visual

Planta-símbolo

Ilex paraguariensis A.St.-Hil.

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Neste ano, a Comissão Organizadora do XI Simpósio de Botânica da UFPR escolheu a espécie Ilex paraguariensis como identidade visual do evento. A erva-mate, como é popularmente conhecida, é uma espécie da família botânica Aquifoliaceae, nativa da América do Sul. Graças ao consumo de suas folhas, principalmente na forma de bebidas, sua utilização remonta há centenas de anos por diferentes grupos étnicos da América do Sul, como os Guaranis e os Quíchuas. Curiosamente, o espécime-tipo da erva-mate foi coletado por Auguste de Saint-Hilaire na cidade de Curitiba, Paraná, onde está sediado o Departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná, e sede do nosso evento.

Além da importância cultural do consumo da erva-mate, sua produção teve um grande impacto econômico. Por exemplo, a emancipação política do estado do Paraná no ano de 1853, até então pertencente à província de São Paulo, foi possível graças à lucrativa exploração da erva-mate. Consumida diariamente e mundialmente, ao longo dos anos, o uso de erva-mate ganhou distintos significados e identidades sob diferentes contextos sociais. Um desses diferentes usos é como objeto de estudo em pesquisas para a elaboração de cosméticos e produtos fitoterápicos, devido à grande quantidade de compostos químicos bioativos encontrados em suas folhas, principalmente a cafeína e ácidos fenólicos.

Nome popular

Erva-mate

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Este ano, o tema do nosso evento é “Toda vida depende das plantas: a botânica nutrindo e transformando a sociedade”; e considerando a relevância da erva-mate (Ilex paraguariensis) na nossa sociedade, desde o consumo pelos povos originários até seu atual cultivo sustentável na forma de sistemas agroflorestais, e sua utilização para a prospecção de diversos compostos bioativos, ela parece ser a espécie ideal para representar o nosso Simpósio neste ano.

Infelizmente, a busca frenética e imediatista pelo progresso na sociedade contemporânea é incompatível com o tempo de desenvolvimento e ciclo de vida das plantas, resultando na ‘cegueira botânica’ (falta de habilidade das pessoas para perceber as plantas no seu próprio ambiente). Esta inabilidade de reconhecer e valorizar organismos vegetais intensifica a perda de biodiversidade e a insegurança alimentar, o que resulta em prejuízos à qualidade de vida humana. Além disso, a ‘cegueira botânica’ ainda pode levar à subestimação do uso de vegetais como recurso tecnológico.

Por fim, é importante ressaltar a inestimável importância das plantas para a manutenção da vida, e seu papel fundamental sobre a estruturação e o desenvolvimento da sociedade. Assim, é inimaginável uma sociedade sem a Botânica, portanto, a Comissão organizadora tem a pretensão de dialogar com as demais esferas da sociedade sobre esse papel fundamental da Ciência Botânica como um dos principais meios e soluções na construção de um futuro verdadeiramente progressista e sustentável.

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